Nascida em 1866, Jesuína
Americana Brasileira e Silva era filha de Jerônimo José Garcia Americano e
Jacinta Cândida de Jesus Garcia. Em 23 de fevereiro de 1884, casou-se com
Francisco de Paula Machado em Santana do Rio de São João Acima, hoje Itaúna, Minas Gerais.
Ao longo da união foram abençoados com a chegada de 10 filhos: Pergentina
(1884), Perilla (1886), Perminio (1888), Percília (1890), Petrina (1892),
Pervínia (1894), Perina (1897), Peraclyto (1899), Perkyns (1902) e Perosi
(1904).
É provável que Jesuína
Americana Brasileira e Silva, conceituada educadora, tenha iniciado sua
trajetória docente antes de 1885. Nesse mesmo ano, foi designada professora
interina da "cadeira feminina" do distrito de Itatiaiuçu, conseguindo
eventualmente a posição permanente. Em 1888, passou triunfalmente em concurso,
conquistando o estimado papel de “professora efetiva” em São João del-Rey. Em
1892, solicitou formalmente a transferência para Campos, zona rural de Santana
do Rio São João Acima. Posteriormente, em 1893, o presidente da Câmara
Municipal do Bonfim concedeu aprovação à nomeação de Custódia Dornas Lacerda
como substituta e dirigente da cadeira masculina de Instrução Primária de
Itatiaiuçu, durante o período sabático concedido a Jesuína, professora titular.
Em 1898, o governo do estado
registrou oficialmente um decreto prevendo um aumento salarial adicional de 5%
para Jesuína, professora da Fábrica da Cachoeira, também conhecida como Companhia de Tecidos Santanense, pertencente ao distrito de Santana do Rio São
João Acima, hoje Itaúna/MG. No ano seguinte, 1899, foi nomeada instrutora do
distrito de Mateus Leme, então sob jurisdição do município de Pará de Minas.
De 1909 a 1910, Jesuína atuou
como professora de “instrução primária da cadeira mista” localizada no distrito
de Itatiaiuçu, que pertencia ao município de Itaúna/MG. De 1911 a 1926,
continuou a carreira docente em “escolas isoladas” do distrito de São Sebastião
do Gil, vinculado ao município de Desterro de Entre Rios, Minas Gerais. Jesuína
faleceu em 1960 na capital mineira e foi sepultada na quadra 43, jazigo 183 do
cemitério do Bonfim. A educadora Jesuína Americana Brasileira e Silva deixou um
legado substancial na educação de seus descendentes e alunos.
Referências:
Pesquisa, texto e arte: Charles Aquino
Acervo
MyHeritage: Família Barbosa & Hemétrio, Machado de Oliveira Web Site
SINEC - sistema de Necrópoles do município de Belo Horizonte
Fontes
impressas Hemeroteca Digital Brasileira:
LIBERAL MINEIRO,
Ouro Preto, 11 de julho de 1885, nº 81, p.2.
LIBERAL MINEIRO,
Ouro Preto, 14 de julho de 1885, nº 82, p.1.
LIBERAL MINEIRO,
Ouro Preto, 6 de agosto de 1885, nº 93, p. 2.
O BAEPENDYANO,
Caxambu, 18 de abril de 1886, nº 415, p. 2.
A PROVÍNCIA DE
MINAS, Ouro Preto, 15 de abril de 1886, nº 319, p.1.
MINAS GERAIS,
Ouro Preto, 10 de setembro de 1892, nº137, p. 9
MINAS GERAIS,
Ouro Preto, 27 de outubro de 1893, nº 291, p.1.
MINAS GERAIS,
Ouro Preto, 21 junho de 1898, nº 125, p.3.
O PHAROL, Juiz de
Fora, 28 de julho de 1899, nº 28, p.2.
ALMANAK LAEMMERT,
1909, p. 54.
ALMANAK LAEMMERT,
1910, p.77.
ALMANAK LAEMMERT,
1911-1912, p.3093.
ALMANAK LAEMMERT,
1917, p.2897.
ALMANAK LAEMMERT,
1918, p. 2895.
ALMANAK LAEMMERT,
1919-1920, 2896.
ALMANAK LAEMMERT,
1921-1922, p.4199.
ALMANAK LAEMMERT,
1922-1923, p. 4199.
ALMANAK LAEMMERT,
1925, p. 244.
ALMANAK LAEMMERT,
1926, p. 281.