domingo, outubro 28, 2012

ESTRADA DE FERRO ITAÚNA


Inicia-se a construção do ramal da Estrada de Ferro de Minas, que ligaria Belo Horizonte a Divinópolis, sendo empreiteiro das obras o engenheiro Emílio Schnoor.
Quando o Governo Hermes da Fonseca resolveu cumprir os projetos do seu antecessor, ligando Belo Horizonte à Oeste de Minas, os municípios de Pará e Itapecerica se esforçaram denodada e justamente por atrair o ponto de junção das linhas e, se o conseguissem, privariam Itaúna desse grande melhoramento.
O Dr. Augusto Gonçalves foi incansável no evitar essa solução, conseguindo modificar os projetos em deliberação.
Um dos traçados desse ramal, segundo estudos dos engenheiros José Francisco Cantarino e Guilherme Greenalgh (1904-1908) e que foi aceito, por instâncias do Dr. Augusto, por um decreto do Governo Federal pra base dos estudos definitivos, passaria nas seguintes localidades: Chôro (perto da antiga estação de Alberto Isaacson), Salgado, Santanense, Itaúna,Soledade, Mateus Leme, Capela Nova e Belo Horizonte.
Por este traçado a estrada percorreria o município de Pará desde o rio Paraopeba até a fazenda do Azambuja, e de Água Limpa até o Chôro, em extensão de 50 km; enquanto percorreria o município de Itaúna na distância de 42 km.
De Belo Horizonte ao Chôro, passando por Itaúna, a distância pelo traçado Cantarino – Greenalgh, seria de 134 quilômetros.
Havia outro traçado estudado (porém não adotado) autoria dos engenheiros Eduardo Pôrto, José de Góis Artigas e José Duarte Pinto, de Belo Horizonte ao Chôro, mas passando pela cidade do Pará, com 156 km e 155 mts.
Em 1926, quando se cogitava de uma ligação mais curta com o sul de minas, estudou-se uma linha que partisse de Itaúna e fosse ter à Andrelândia, também estação da Rede Mineira de Viação.
O serviço de construção do ramal iniciou-se em 4 de abril de 1909, sendo seu empreiteiro o engenheiro Emílio Armand Henri Schnnoor.


Fonte: FILHO, João Dornas. Efemérides Itaunense, 1951, ps.42-43.
Organização e pesquisa: Charles Aquino. Pós-Graduando em História e Cultura no Brasil Contemporâneo – Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).


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