sábado, novembro 17, 2012

LAURO MATOS

Lauro de Faria Matos, também conhecido como "Lauro do Jubito", nasceu em Itaúna, no dia 17 de fevereiro de 1917. Era filho de Serjobes Augusto de Faria (o Sr. Jubito) e de Aureslina Mattos de Faria. LAURO casou-se em 18 de dezembro de 1947 com Dª NÍDIA BRAZ DE FARIA MATOS, com quem teve doze filhos. Emanuel, casado com Ilsa; Maria do Carmo, casada com Jorge; Regina, casada com Francisco; José Lúcio, casado com Mônica; Ângelo, casado com Andréia; Rosa Miriam, casada com Marcos; Fábio, casado com Eliana; Lauro Júnior, casado com Adalgisa; Teresa Cristina; Gláucia, casada com Armando e Rogério, casado com Gisele.

A família BRAZ DE MATOS, como ficou conhecida na cidade, pela integridade dos filhos que ela criou, profissionais que são, pela participação ativa na comunidade, pelas festas que realizam, pela animação e pela união entre todos. LAURO foi por quase toda sua vida o Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil de Itaúna, função que exerceu sempre com muito zelo, critério e escrúpulo. Zelou com cuidado e carinho por todo o arquivo, livros e documentos do Cartório. Ele escrevia pessoalmente à mão todos os registros de nascimentos, casamentos, óbitos e outros. Os documentos que eram feitos por outros, ele assinava, mas não sem antes conferir detalhadamente. Conversava com todos os que iam ao seu Cartório e, em muitos dos casos, sabia de memória os nomes dos parentes das pessoas (pais, avós, tios e até bisavós), e, muitas vezes, citava o número do livro que pessoa estava registrada - costumava lembrar até do nome das testemunhas que assinaram o registro. LAURO era católico fervoroso, foi Congregado Mariano, participante da Ação Católica, era estudioso dos Livros Sagrados e temente a Deus. Frequentava assiduamente a Igreja e participava ativamente das missas dominicais.

Poeta, seresteiro, festeiro e historiador, costumava ser chamado por seus amigos de "O Homem dos Sete Instrumentos", devido ao dom de executar com arte e maestria vários instrumentos musicais, em especial seu bandolim, instrumento de sua predileção, no qual executava as mais belas valsas, boleros, serestas e outras. Sua música já encantou diversas noites de Itaúna e região, em serenatas, em festas e em seu programa "A Hora da Recordação", que ia ao ar às sextas-feiras pela Rádio Clube de Itaúna. Teve diversos de seus poemas publicados em livros, revistas e jornais. Mas o mais importante era a dedicação à família. Entregou sua vida à esposa Dª NÍDIA, aos filhos e aos netos. Tratava a todos com carinho, respeito e amizade. Da mesma forma, seus filhos o tinham como o "grande amigo e companheiro", além de o "Grande Pai".

Era uma pessoa querida, respeitada e admirada. Tratava a todos, sem distinção, como amigos. Ouvia com paciência aos que o procuravam. Foi conselheiro de muitas pessoas. Era brincalhão e alegre. Gostava de inventar estórias confusas, com as quais se divertia, como a "do líquido da cabeça das formigas", a do "Laxique, que em vez de cair para baixo, caiu para cima", a do "pé de manga", a do "Dr. Lascotine e Dr. Bolostroque", a do "Ô Mário, levanta menino", e muitas outras. Era ligado à natureza. Plantava hortas e jardins, sem se preocupar muito com o tipo de flor que nasceria. Importava isto sim, com que elas crescessem e florissem. Cuidava da horta pessoalmente, onde passava horas, no fim da tarde, tratando das plantas e até conversando com elas. Costumava andar com sementes de flores nos bolsos e, em lugares inesperados, jogava-as ali na esperança de que florissem.

LAURO do Jubito foi um dos grandes homens que Itaúna já teve e, sem dúvidas, faz parte de sua história. Sua partida repentina, aos 77 anos de idade, no dia 10 de dezembro de 1994, marcou profundamente a vida de todos: esposa, filhos, netos, parentes, amigos, enfim, dos itaunenses. Mas todos sabiam que o LAURO era um homem de fé. Fé em Deus e na vida eterna. Com a vida comunitária, familiar e religiosa que levou, no exemplo de vida que foi e deixou para todos, fica a certeza de que ele agora está junto a Deus, feliz e em paz, no lugar reservado aos justos e puros de coração. Conforme ele mesmo dizia, "quem faz aniversário e quem morre é o corpo. A Alma não, esta é eterna. Não faz aniversário nem morrerá" (frase gravada em vídeo, dita por ele no seu último aniversário, dia 17/02/1994). Em resumo, este é o itaunense por excelência.

Este é o Lauro de Faria Matos!

Este é o Lauro do Jubito!

         FAMÍLIA  MATTOS (1)

        FAMÍLIA MATTOS (2)

 

Texto: Guaracy de Castro Nogueira

Acervo: Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira - ICMC

Digitalização: Juarez Nogueira Franco

Pesquisa e Organização: Charles Aquino

Fotografias: Angelo Matos / Charles Aquino

2 comentários:

  1. Este é o Lauro de Faria Matos ! Este é o Lauro do Jubito!
    Este é o MEU PAI, de quem sempre lembro com saudade - daquela definida por Rubem Alves como "saudade é o amor que fica".
    Por isto, o Jubitão vive conosco agora e sempre.
    Angelo Matos.

    ResponderExcluir
  2. Jubitão deixou saudades!! Como diria a musica: Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim. Faz muita falta, sempre!
    Glaucia matos

    ResponderExcluir