segunda-feira, dezembro 25, 2017

DOCES DE NATAL


Os doces do Natal do meu tempo eram variados e feitos com fartura. Doces de frutas, seguiam mais ou menos a disponibilidade delas na época. Doces de figo em compota ou cristalizados, doces de mamão espelhado ou ralado, de laranja da terra, de cidra e compotas de goiaba. Goiabadas eram feitas para durar mais tempo. Embrulhadas na palha de banana, duravam por um bom período. O mesmo era feito com as bananadas e as marmeladas. Esse último, praticamente desapareceu. Resultado de pragas nos marmeleiros. Ensaiam uma volta tímida.
O doce de Natal, por excelência eram as rabanadas. Quase uma unanimidade, encontradiço em vários países do mundo, com nomes variados. No Brasil andou perdendo terreno para os panetones, moda importada da Itália. O panetone típico é uma espécie de pão doce, com uva passa e frutas cristalizadas. As vezes pode levar um pouco de licor, rum ou vermute. Os de chocolate, por sinal, muito doces, são tipicamente brasileiros.
A rabanada é um doce fácil de fazer e tem um sentido quase religioso. Aproveita as sobras do pão, um alimento ancestral, citado nas Escrituras e venerada antigamente como algo sagrado.
Conforme promessa, aí vai uma receita de rabanada, feita ao meu modo.
Ingredientes:  uma bisnaga " dormida " de mais ou menos 500 gramas; canela em pau e em pó e cravo da Índia; açúcar cristal açúcar de confeiteiro. Se não tiver, serve açúcar refinado; leite frio; quatro ovos; um cálice de conhaque, licor ou vinho do Porto.
Modo de fazer: corte o pão em rodelas de mais ou menos um dedo de largura. Embeba as rodelas no leite e na calda, preparada anteriormente com açúcar cristal, canela em pau e cinco dentes de cravo da Índia. Quando estiver em fervura, coloque o conhaque ou substituto. Depois de embeber as rodelas de leite, despeje um pouco de calda em cada uma delas e deixe descansar. Tomar cuidado para o pão não absorver muito leite ou calda. Não pode desmanchar. Bata os ovos, claras e gemas. Em seguida, mergulhe as rodelas de pão nos ovos batidos. Devem ser passadas no ovo dos dois lados.
Frite as rabanadas em óleo bem quente, tomando cuidado para não tostarem demais. Retire com a espumadeira e coloque na travessa forrada com papel absorvente. Polvilhe as rabanadas com açúcar de confeiteiro ou refinado, misturado com canela em pó.
O doce é muito bom e permanece delicioso até o dia seguinte. Sirva-se, ofereça aos convidados e um Feliz Natal.
Nota: aprendi fazer rabanadas com minha mãe, Graciana Coura de Miranda.


FONTE:
Shorpy Fotografia : Mulheres em uma aula de culinária no Hampton Institute em Hampton, Virginia. Fotografia de Frances Benjamin Johnston, c. 1899.
Rico em história, mergulhado na tradição, a Universidade de Hampton é uma instituição dinâmica e progressiva de ensino superior, que oferece uma ampla gama de programas técnicos, de artes liberais e de pós-graduação. Além de ser uma das melhores universidades historicamente negras no mundo, Hampton University é uma comunidade fortemente unido de alunos e educadores, que representam 49 estados e 35 territórios e nações.
A instituição historicamente negra, Hampton University é comprometida com o multiculturalismo. A Universidade atende alunos de diversas origens nacionais, culturais e económicas. Desde os seus primórdios até o presente, a instituição tem matriculados estudantes dos cinco continentes - América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa - e muitos países, incluindo o Gabão, Quênia, Gana, Japão, China, Armênia, Grã-Bretanha e Rússia, bem como as ilhas havaianas e do Caribe e numerosas nações indígenas americanos. Colocando seus alunos no centro do seu planejamento, a Universidade oferece um ambiente educacional holística.


TEXTOUrtigão (desde 1943) é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, que viveu em Itaúna nas décadas de 50 e 60. Causo verídico enviado especialmente para o blog Itaúna Décadas em 25/12/2017.
ORGANIZAÇÃO E PESQUISA: Charles Aquino


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